quarta-feira, 24 de junho de 2020

Dragon Age Origins em 2020?



Ano passado lembro que peguei o Mass Effect para jogar depois de muito tempo na fila dos jogos que eu tinha que concluir. A experiencia com certeza foi diferente do que seria se eu tivesse jogado no lançamento. Os gráficos se mostraram datados, porem o enredo por ser magnifico me fez ficar preso na tela até a rolagem dos créditos de final de jogo.


Pois bem, semana passada decidi pegar para jogar do inicio ao fim um outro jogo que estava na fila, mas dessa vez as condições eram diferentes. Dragon Age Origins eu joguei no lançamento por duas vezes. Uma no xbox e outra no PC e em ambas eu terminei largando o jogo no meio por um dos motivos que contarei adiante. Deixo registrado desde já que o Dragon Age Origins tem um enredo ainda melhor que o Mass Effect. Por sinal é um dos melhores RPGs que tive o prazer de jogar. Primeiro porque ele tem uma linha de historia diferente do inicio ao fim, onde tudo importa. Seja a raça que você escolhe para começar até as decisões dentro do game, tudo isso influencia bem pesado no final do jogo. Creditando ao game a possibilidade de ser re-jogado várias vezes!


Como todo jogo da Bioware, o Dragon Age Origins foca muito nos detalhes do enredo e nas interações com seus companheiros de party. Você controla seu personagem mais os três companheiros que escolher para te acompanhar na aventura. Durante as batalhas, você pode pausar o jogo para dar comandos aos personagens e isso é muito importante pois o jogo é muito difícil e em certo ponto cansativo. E entra aqui o principal e único ponto negativo do jogo aos longos das minhas 55 horas jogadas. O Dragon Age Origins tem um sistema de batalhas bem legal, mas ele insiste em criar encontros em demasia todo o tempo. Você acaba de ralar para matar um chefão com seus capangas e nem 1 minuto depois, você dá de cara com outro encontro ainda mais difícil e complicado de se vencer. Foi esse o motivo de eu parar por duas vezes de jogar, pois sempre que chegava na parte de Orzammar a diversão ficava de lado para quebrar a cuca com os milhares de encontros desnecessários que tem nessa região.



Só que dessa vez eu decidi que iria encarar o jogo do inicio ao fim. E percebi a obra prima que deixei de apreciar. O Dragon Age Origins tem um inicio muito legal e gostoso de jogar. Dá uma engasgadinha principalmente em Orzammar como eu já havia falado e engrena de novo na parte final, lembrando muito os filmes do Senhor dos Anéis, principalmente a sua grande e ultima batalha.
Jogar Dragon Age Origins em pleno 2020 foi uma experiencia interessante! Os gráficos envelheceram melhor que o Mass Effect, a jogabilidade apesar de desatualizada frente aos Dragon Age seguintes, ainda sim funciona muito bem. Os sons e as músicas são fantásticas. E o enredo amigos... Que enredo espetacular. Arrisco a dizer que é o melhor enredo dentre os três Dragon Age, apesar que em termo de jogo o Dragon Age Inquisition tenha sido no total um jogo mais completo na minha opinião!. 



Terminei o game e fiquei imaginando como desdobraria o final se eu tomasse algumas decisões de forma diferente. São poucos jogos que nos fazem pensar assim. Mas como aprendi no RPG, uma ação feita não pode ser desfeita. Meu personagem enfim cumpriu seu objetivo. Matou o Archidemon e por não ter feito o pacto de magia com a Morrigan, terminou perdendo a vida. Mas foi considerado um herói e por muito tempo cultuado em Ferelden.

Abaixo segue minhas escolhas caso você queira comparar com as suas:
  1. Fiz um humano guerreiro.
  2. Montei uma party com Alistair, Wynne e Leiliana (devido a condução do meu jogo ser focado em fazer coisas boas)
  3. Tive um romance com Leiliana.
  4. Consegui o apoio dos lobisomens.
  5. Em Orzammar escolhi o rei Harrowmont.
  6. Em Denerim matei o Loghain e deixei a sua filha governar já que Alistair realmente não queria isso.
  7. Recusei o pedido da Morrigan de fazer o pacto do bebe para que eu pudesse sair vivo após a morte do Archidemon.
  8. No final Matei o Archidemon no lugar de Alistair, afinal esse era o meu destino.

Recomendo ainda hoje o Dragon Age Origins. É um jogo que sai baratinho quando tem promoção na Steam. Por sinal estou instalando o Dragon Age II. Pois é mais um dos jogos que sempre tiveram na minha lista mas nunca encontrava tempo para jogar. Já sei que não vai ser grandioso como o Origins. Mas é Dragon Age e eu realmente curto muito a franquia!

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Metro Exodus - Uma obra de arte em formato de game!

 

Demorei de jogar o Metro Exodus graças a politica porca de exclusividade da Epic Games. Mas não dei o braço a torcer. Esperei que ele saísse na plataforma que curto (steam) para só então experimentar tudo aquilo que falavam do game. E realmente o game encanta do inicio ao fim. Metro Exodus é um tipo de jogo que é difícil de encontrar no mercado. Muito imersivo e com um enredo sustentado no livro do escritor Dmitry Glukhovsky que aborda uma Russia pós apocalíptica onde os sobreviventes da guerra nuclear passaram a viver no subterrâneo dos metrôs da cidade. Os dois primeiros games eu deixei passar devido ao ambiente 100% claustrofóbico e de terror que era impresso todo o tempo.


Porem no Metro Exodus pela primeira vez o grupo de sobreviventes passam a explorar o exterior após descobrirem que existiam lugares possíveis de se viver longe da radiação. Foi então que me senti mais confiante e menos medroso de cair para dentro de uma aventura que até então eu tinha receio de embarcar. Afinal não sou muito fã de jogos focados no terror e em sustos.
No Metro Exodus não estamos livres dessa ambientação e de sustos, eles existem e muito, porem aqui você consegue respirar mais, fora que o game cadencia de forma perfeita os momentos de ação frenética dos momentos que você tem que interagir com os npcs.


É neste ponto que entra aquilo que ultimamente tenho valorizado nos games. A profundidade emocional criada no enredo e sua relação com os personagens brilham muito mais do que os momentos em que você se treme de medo explorando locais realmente ameaçadores. E você continua lá explorando e se "arriscando" sabe porque? Porque o jogo te explica bem claramente que se o não fizer, você pode perder seu amigo, sua esposa, seu sonho de no final viver uma vida normal de paz e tranquilidade.


O protagonista Artyon é um sonhador, ele acredita a todo momento que ele pode viver junto com sua esposa Anna na superfície. E termina carregando a todos para uma aventura que terá perdas e perigos. Ainda que seu sogro e capitão Miller esfregue quase que todo momento que tudo de ruim que está acontecendo é graças a você, e sua paranoia, no fundo ele encara artyon como um filho que não teve.
Se o plot do game fosse isso apenas, se tornaria um game padrão de ação. Mas o jogo vai te envolvendo com os personagens ao ponto de você realmente se importar com eles na tela. E faz isso de forma continua até o momento final. Foi então que vi escorrer uma lagrima do meu olho em um endgame digno de aplausos de pé.
O Metro Exodus é também um jogo lindo. Com gráficos que nos deixam de boca aberta. Eu que amo tirar screenshots durante minhas jogatinas, no Metro Exodus cansei de apertar F12 a cada ambiente muito bem criado e npcs perfeitamente detalhados.


Daqui em diante vou trazer alguns spoilers, então seria interessante para você que ainda não jogou, retornar depois de finalizar o game.

Após tomar posse de um trem que pode te tirar da zona de risco, o game realmente começa e por mais que ele seja de certa forma linear, passa uma impressão de mundo aberto bem legal. Sua aventura é dividida em 4 atos passando por biomas bem diferentes. Começando pela área gélida da Russia pós nuclear, você passa a entender que na superfície infelizmente os monstros e os humanos sobreviventes não são muito diferentes. Ambos são ameaças para seu caminho e aqui você começa a tomar a primeira grande decisão.
Seria melhor sair durante o dia e enfrentar mais bandidos e bases mais reforçadas ou deixar para explorar a noite, onde costuma aparecer mais monstros e aberrações?
Seria melhor eu poupar a vida de um grupo de lunáticos religiosos ou ignora-los e ir direto a minha missão?
O metro exodus te coloca nessas posições de decisão e elas influenciam no final do game...


Fora isso o jogo coloca "Chefões" em cada ato e você terá que aprender a lidar com eles, lembrando muito o nêmesis do resident evil. Destaco aqui o bagre gigante (cultuado como Deus de um grupo religioso) e o Urso do ato da floresta que deixa o jogador o tempo todo tenso de quando ele realmente vai aparecer.
Nesse meio tempo você explora algumas regiões sozinho ou acompanhado o que tira um pouco a solidão e atmosfera opressora do game. Um ponto positivo e que vale destacar é o amor que Artyon tem pela Anna e vice versa. O game constrói isso tão bem que você entende porque ele se arrisca tanto e a prova maior é quando Anna após acometida por uma doença precisa da ajuda de Artyon e do Pai o Coronel Miller para encontrar uma droga capaz de cura-lá em uma das partes mais assustadoras do game que é o laboratório. Lá você passa boa parte do tempo ouvindo vozes. um ambiente de terror caótico e fugindo de um gorila radioativo gigante.


Infelizmente eu terminei fazendo o final ruim do game. Mas depois dos créditos passarem na tela, acabei por entender que seria aquele o final mais justo e considerado por mim o verdadeiro.
Nesse final, Artyon e Miller terminam morrendo apesar de conseguir recuperar a droga que por ventura salva a vida de Anna. Ela se torna a líder porem sente muita falta de Artyon e o culpa por tê-la deixado. Este final tem uma carga emocional muito forte e toca muito mais o jogador que o final bom que vi depois no youtube.
Afinal em um mundo louco e ameaçador, a liberdade verdadeira é realmente a morte.
Metro Exodus ensina que jogos podem ser acima de tudo uma experiencia emocional tocante, assim se junta a jogos (obras primas) como The Witcher 3, Dragon Age, The Last of Us, etc... no hall dos imperdíveis de se jogar. Recomendo muito!

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

The Lord of the Rings: Adventure Card Game - Melhor port do tabuleiro para o digital.


O Senhor dos Anéis Adventure Card Game é na minha humilde opinião, um dos top 5 boardgames que já tive o prazer de jogar. Lançado no Brasil pela Galápagos Jogos, foi um dos primeiros jogos que comprei quando entrei de vez no hobby em 2014. Ele reúne a mecânica que mais curto em jogos que é o deck building e é 100% cooperativo, outro fator que me agrada em boardgames. Lembro que na época enquanto jogava imaginava o quanto seria fantástico se conseguissem transportar o jogo da mesa para o meio eletrônico. Afinal reunir amigos presencialmente para jogar não é muito fácil nos dias de hoje, com esposa, filhos e trabalho. Foi quando a Asmodee Digital anunciou em 2017 que lançaria o jogo no PC fazendo alguns ajustes nas regras. Acompanhei totalmente o desenvolvimento, assistindo a todas as lives no twitch e até enviando sugestões para os desenvolvedores.


Neste meio tempo, a companhia discutia ainda como seria o modelo de negócios. Primeiramente pensaram em lançar o jogo gratuito, depois ouvindo a sugestão da galera, mudaram para buy to play. Mas sempre afirmaram que o jogo seria livre do famoso caça níquel de muitos jogos atuais. O modelo consolidado foi de cobrar pelo jogo base e suas futuras expansões, dando mimos para quem fizesse a pre-order do pacote mais completo.
No dia do lançamento, baixei empolgado o jogo mas tive muitos problemas para jogar. Claramente o jogo tinha sido lançado antes da hora e foi na enxurrada de criticas que eles sentaram a bunda na cadeira e trabalharam pesado para tornar o jogo que é hoje em dia.


Esse foi um dos motivos de eu não ter comentado sobre o jogo aqui no blog. Digo ainda mais, passei alguns meses sem nem visitar o jogo esperando para que tudo fosse resolvido de uma vez por todas. Foi quando esse ano, com o jogo redondinho e com os desenvolvedores já se movimentando para leva-lo para o PS4 e Xbox One que eu resolvi dar mais uma chance. E afirmo aqui com todas as palavras. O Senhor dos Aneis Card Game é de longe o melhor port de boardgame que já vi ser transportado para o meio digital.


Esse posto anteriormente era dado por mim para o Pathfinder Adventure Card Game, que perdeu a posição por um simples detalhe. O Senhor dos Aneis Card Game pode ser jogado cooperativo com mais um amigo, assim como no jogo físico. O Pathfinder físico é um jogo essencialmente cooperativo, mas fizeram o crime de retirar isso no game digital, o que acredito eu, custou muito ao game para se firmar. Tanto que me parece descontinuado, já que desde 2017 não vemos uma expansão ou atualização lançada.


Voltando ao Senhor dos Anéis, o jogo foi adaptado de várias formas, a começar pelo layout das cartas e a disposição na mesa de jogo. Eles pegaram muitos conceitos de jogos como Heartstone e Elder Scrolls Legends e aplicaram para o game ficar mais acessível a quem nunca jogou a versão física. E acredito que ficou ainda melhor. Digo isso pois vi através dos olhos do meu amigo que me acompanhou online durante toda a campanha e expansão jogadas. Foram vários gameplays realizados para finalizar e foi tudo muito gratificante. A começar pela dificuldade. Enquanto na versão física, o jogo é extremamente difícil e por muitas vezes injusto, na versão digital isso fica mais equilibrado, trazendo a dificuldade na medida certa para que você sozinho ou com seu amigo tenham que parar para discutir a formação ideal dos seus decks.


Aqui é importante saber montar o deck, desde a escolha dos heróis e suas facções e habilidades, até a seleção detalhadas das cartas que vão compor seu deck, escolhendo sabiamente os itens, eventos e aliados. Neste caso não irei detalhar neste post como ficou nossas escolhas, pois isso deve partir de cada jogador, mas posso comentar em um post futuro sobre isso detalhadamente. Outra coisa importante a comentar é que todas as cartas dos jogos podem ser facilmente liberadas apenas jogando. Lógico que as expansões devem ser adquiridas para se tornar acessível, mas não existe aqui o famoso fator sorte que acompanha esse tipo de jogo. Cada partida jogada vai acumulando fellowship points que podem ser trocados para liberar cartas e também para cosméticos desde avatar, molduras do seu personagem, até arte conceito variadas dos heróis. Eu por exemplo, finalizei o jogo base e sua primeira expansão, e ao longo desse tempo consegui liberar todas as cartas bloqueadas e ainda gastei pontos em itens cosméticos, sobrando pontos no final que vou guardar para futuras expansões.


Sobre as missões, algumas puxam a mesma sequencia do jogo físico, mas com mudanças pontuais e em alguns casos até radicais para se encaixar no novo conceito de jogo. Algumas cartas e heróis também sofreram alterações de especificações, mas no balanço final acredito que ficou até melhor do que o jogo original. A força de vontade de melhorar o jogo, a quantidade de posts informativos sobre o futuro do jogo e sobre tudo no que eles estão trabalhando, mostram que a equipe sabe o que está fazendo e sabem onde querem chegar. Se você assim como eu ama boardgames e acima de tudo é fã da franquia Senhor dos Anéis, não deixe de comprar, aproveitem que vem ai a promo sale de inverno do steam e entrem nesse mundo. Aposto que vocês vão curtir muito o game.






quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O Senhor dos Anéis - Jornadas na Terra Média - Review - Análise


Em 2014 quando entrei forte no hobby dos boardgames não imaginava que nos anos seguintes o Brasil passaria a lançar quase que simultaneamente com os EUA vários jogos de sucesso. Este ano por exemplo a Galápagos Jogos trouxe para o Brasil o Senhor dos Aneis - Jornadas na Terra Media. Confesso que não fiquei animado no inicio, porque tive uma grande decepção com a própria galápagos quando eles sem nenhum motivo lógico, cancelaram o LCG do senhor dos anéis, que é sem dúvida, um dos top 5 boardgames em minha opinião. Porem o Jornadas na Terra Media foi tão bem avaliado fora do Brasil que não teve como segurar minha carteira. Lá estava eu mais uma vez comprando outra caixa enorme de boardgame.



Na semana seguinte chamei meu grande amigo Andre para testar o game. O fato do jogo contar com uma aplicação que de certa forma te guia no jogo, fazendo o papel de "mestre" me animou, afinal, jogos como o descent por exemplo seriam muito melhores se não precisasse de um player controlando os monstros (quem tem a segunda edição pode facilmente driblar isso com um aplicativo também). Não tive muito tempo para ler o manual. Meio que fizemos isso enquanto montávamos o setup na mesa e veio logo o grande ponto positivo. O jogo tem regras muito simples e muito disso devido a própria aplicação. Ela te guia de certa forma que fica difícil fazer algo de errado ligado a regras. Explico melhor, a ordem de turnos, passos, acontecimentos, objetivos e ataques, tudo isso é ordenado pelo aplicativo que pode ser baixado no Steam, Iphone e Android. Você fica focado apenas em controlar seu deckbuilding (o jogo não conta com dados e sim com auxílio das cartas para resolver situações).



Os componentes são outro show a parte do jogo. São várias miniaturas, tokens, tabuleiros modulares e cartas que engrandecem e deixa bonito o danado na mesa. Por falar em cartas ela tem artes bem similares ao LCG e são pequenas ajudando quem tem pouco espaço para jogar. Após um setup demorado, iniciamos o jogo, como estávamos apenas em dois, decidimos que cada um escolheria dois personagens. Eu escolhi o Gimlin e Legolas e meu amigo escolheu o Aragorn e Elena (personagem criado para o jogo com especialidade de bardo). E foi muito bom isso porque rapidamente entendemos como os personagens são diferentes, eles possuem pontos positivos e negativos e ficou claro como eles podem se completar na aventura.


Um outro ponto interessante foi que conseguimos usar a bagagem do RPG tradicional para se antecipar a algumas armadilhas do jogo. Como ele é um jogo bem descrito, uma historia narrada, temos que ficar atentos a tudo. Por exemplo: Em determinado momento enquanto meu amigo controlava a Elena, chegamos a um objetivo de ter que descer uma ribanceira que segundo o aplicativo era muito escorregadia e perigosa, sabíamos que a Elena não tinha agilidade muito boa e decidimos deixar esse objetivo por cargo de Legolas, que passou por ele sem problemas. Nós não sabiamos que o aplicativo ia exigir agilidade, apenas usamos a dedução que se confirmou quando tentamos resolver o objetivo. Por isso é importante ficar atento na descrição de tudo até porque o jogo é bem difícil e estratégico. 



Por falar em dificuldade, nos fracassamos na primeira aventura, exatamente por ainda não conhecer direito as regras e pelo fato do jogo ser bem difícil mesmo. Terminamos tomando decisões precipitadas, separando o grupo e engajando em batalhas em momentos errados que terminou na queda de dois dos quatro heróis na reta final, complicando o sucesso da missão. A batalha do jogo é interessante mas de certa forma mecânica. Senti falta da rolagem de dados, mas no final entendi que seria ainda mais frustante deixar por conta da sorte o sucesso nas batalhas. Com o formato de deck building você consegue controlar melhor o jogo, ou pelo menos espero que isso aconteça nas próximas partidas.
Recomendo demais o game e sinto que a chegada de O Senhor dos Anéis - Jornadas na Terra Media terminou revivendo meu vicio por jogos de tabuleiro. É muito bom dividir uma mesa se divertindo com amigos e tomando um bom vinho.


domingo, 1 de setembro de 2019

Mass Effect - Nunca é tarde para jogar um clássico.



Nunca é tarde para jogar um clássico. Quando o Mass Effect foi lançado eu infelizmente não consegui jogar. A falta de tempo e os lançamentos subsequentes fizeram com que o jogo fosse esquecido e deixado de escanteio. Eis que em pleno 2019 instalei o game e comecei minha saga do início ao fim.


E que baita jogo o mass effect é ainda hoje. A trama envolvendo o comandante Shepard e sua tripulação são dignas de um filme de oscar no cinema. As escolhas dentro do jogo fazem a diferença, principalmente quando as decisões que você toma são difíceis e podem custar vidas.



Mas começaremos do início. Antes de jogar o game tive dificuldades com ajuste de resolução. Sim amigos, o jogo como é antigo não tem resoluções altas, mas pesquisando descobri que basta você pôr na resolução máxima do jogo e após isso, tocar com a seta direcional da direita do teclado para ir para resoluções mais avançadas que não são mostradas.


Outro problema básico que tive foi que o comando F12 do steam de tirar screenshots não funcionava. Sim... Eu costumo registrar nos meus gameplays momentos importantes dentro do jogo para guardar de recordação. Virou uma mania. A parte de screenshots do steam virou meu álbum gamer. Os jogos tocam as pessoas com as suas histórias, assim como o cinema. Nada melhor que guardar essas memorias para reviver as aventuras vividas no futuro. A solução do F12 foi rodar o steam em modo administrador.


Por último instalei uma tradução da gamevicio. Sei inglês o suficiente para entender todo o jogo, mas nada melhor que jogar algo em sua língua nativa, ainda mais quando a quantidade de textos a serem lidos são enormes.


Iniciado o jogo, mantive o Shepard padrão e embarquei como eu disse, em uma trama que vai tomando proporções épicas. Disseram que este não é o melhor Mass Effect. Isso me faz pensar o que esperar nos próximos...


Recomendo que todos que não jogaram, que comprem no steam e joguem. Ele está datado graficamente, mas ainda é um exemplo de como uma historia bem amarrada pode elevar o jogo em níveis absurdos. O preço geralmente aparece em promoção por menos de R$ 10,00. O combate é meio travado é verdade, mas você logo se acostuma. O forte mesmo é a interação. Então não deixe de conversar muito com os integrantes da nave e nas cidades e colônias que você venha a visitar.


Aqui vou tocar em 4 spoilers do jogo e que talvez você deva pular se assim como eu chegou a presente data sem experimentar esta obra prima.

SPOILERS

  1. A primeira foi a decisão de exterminar ou não uma raça alienígena extremamente letal, mas que naquele momento pedia clemencia pela sua continuidade. Eu como sempre fiz personagens de karma positivo. Resolvi pensar em como seria crucial eu decidir ou não sobre extinção de um ser que até aquele presente momento não representava uma ameaça nem para mim nem para meus companheiros.
  2. Escolha difícil entre salvar ou a Ashley ou o Kaidan. Kaidan é um baita personagem, mas por uma questão de eu ter deixado a tarefa mais escrota com a Ashley, seria uma baita sacanagem naquele momento deixá-la na mão. Fora que já estava rolando um clima do Shepard com ela nessa altura.
  3. A segunda decisão foi escolher entre a companhia amorosa da Liara ou Ashley. Terminei escolhendo a Ashley pela história de vida e por ter me acompanhado no gameplay por mais tempo que a Liara. Mas a Liara tinha uma personalidade doce e ordeira. Ashley sempre era fria e cheia de rancor até o momento da decisão do Shepard.
  4. Destruir ou não o conselho. Aqui fiquei paralisado por alguns minutos pensando. Mas pesou o fato do Sovereign ser a real ameaça e o conselho queira ou não se comportou todo o jogo como um bando de retardados que queriam a qualquer custo mostrar o tamanho do seu poder.



Estou agora me preparando para embarcar no Mass Effect 2. Lets go!




Faeria - Um excelente card game na steam!



Sabe aquela frase: “As aparências enganam”? Vi como ela faz todo o sentido após eu jogar o Faeria. Digo isso porque já tinha visto o jogo no steam várias vezes e sempre ignorei mesmo amando jogos de carta simplesmente pelo fato de que não conseguia engolir a arte conceitual do jogo. Para quem já jogou magic, sabe como as artes são belas e “adultas”. Não que a arte do Faeria seja feia, mas é colorida demais, é fofinha demais em alguns casos.



Mas quando joguei e me deparei com a mecânica de jogo e todas as suas possibilidades, percebi o potencial do jogo. Aqui você vai fazer partidas mais épicas do que no magic, falo com propriedade de fala, foram várias viradas de jogo e sinergia usadas com base nos combos das cartas que fizeram me sentir o estrategista.


O jogo tem o conceito de Magic na raiz. Mas é apresentado em forma de arena em um tabuleiro. Seria como uma fusão de Magic e Xadrez e isso funciona muito bem. Temos as cartas variadas e divididas por cores, onde cada uma tem fatores de jogo como força de ataque, controle, crescimento, etc...



Para concluir. É um jogo que possui também uma campanha cooperativa, para você se divertir com seu amigo desafiando a inteligência artificial. Senti falta de um 2x2 no PVP, talvez até tenha e eu não saiba, mas seria uma boa dica de implementação para os desenvolvedores se não existir.



Haaa não posso esquecer de dizer que o jogo é um LCG, sigla dada para jogos que vem com todas as cartas, onde seu único trabalho são desbloqueá-las jogando. Nada de ficar gastando dinheiro e abrindo boosters para tirar aquela carta rara na loteria. No Faeria todas estão lá e serão suas em algum momento.


Faria é um jogo de carta de responsa! Recomendo!