sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

The Lord of the Rings: Adventure Card Game - Melhor port do tabuleiro para o digital.


O Senhor dos Anéis Adventure Card Game é na minha humilde opinião, um dos top 5 boardgames que já tive o prazer de jogar. Lançado no Brasil pela Galápagos Jogos, foi um dos primeiros jogos que comprei quando entrei de vez no hobby em 2014. Ele reúne a mecânica que mais curto em jogos que é o deck building e é 100% cooperativo, outro fator que me agrada em boardgames. Lembro que na época enquanto jogava imaginava o quanto seria fantástico se conseguissem transportar o jogo da mesa para o meio eletrônico. Afinal reunir amigos presencialmente para jogar não é muito fácil nos dias de hoje, com esposa, filhos e trabalho. Foi quando a Asmodee Digital anunciou em 2017 que lançaria o jogo no PC fazendo alguns ajustes nas regras. Acompanhei totalmente o desenvolvimento, assistindo a todas as lives no twitch e até enviando sugestões para os desenvolvedores.


Neste meio tempo, a companhia discutia ainda como seria o modelo de negócios. Primeiramente pensaram em lançar o jogo gratuito, depois ouvindo a sugestão da galera, mudaram para buy to play. Mas sempre afirmaram que o jogo seria livre do famoso caça níquel de muitos jogos atuais. O modelo consolidado foi de cobrar pelo jogo base e suas futuras expansões, dando mimos para quem fizesse a pre-order do pacote mais completo.
No dia do lançamento, baixei empolgado o jogo mas tive muitos problemas para jogar. Claramente o jogo tinha sido lançado antes da hora e foi na enxurrada de criticas que eles sentaram a bunda na cadeira e trabalharam pesado para tornar o jogo que é hoje em dia.


Esse foi um dos motivos de eu não ter comentado sobre o jogo aqui no blog. Digo ainda mais, passei alguns meses sem nem visitar o jogo esperando para que tudo fosse resolvido de uma vez por todas. Foi quando esse ano, com o jogo redondinho e com os desenvolvedores já se movimentando para leva-lo para o PS4 e Xbox One que eu resolvi dar mais uma chance. E afirmo aqui com todas as palavras. O Senhor dos Aneis Card Game é de longe o melhor port de boardgame que já vi ser transportado para o meio digital.


Esse posto anteriormente era dado por mim para o Pathfinder Adventure Card Game, que perdeu a posição por um simples detalhe. O Senhor dos Aneis Card Game pode ser jogado cooperativo com mais um amigo, assim como no jogo físico. O Pathfinder físico é um jogo essencialmente cooperativo, mas fizeram o crime de retirar isso no game digital, o que acredito eu, custou muito ao game para se firmar. Tanto que me parece descontinuado, já que desde 2017 não vemos uma expansão ou atualização lançada.


Voltando ao Senhor dos Anéis, o jogo foi adaptado de várias formas, a começar pelo layout das cartas e a disposição na mesa de jogo. Eles pegaram muitos conceitos de jogos como Heartstone e Elder Scrolls Legends e aplicaram para o game ficar mais acessível a quem nunca jogou a versão física. E acredito que ficou ainda melhor. Digo isso pois vi através dos olhos do meu amigo que me acompanhou online durante toda a campanha e expansão jogadas. Foram vários gameplays realizados para finalizar e foi tudo muito gratificante. A começar pela dificuldade. Enquanto na versão física, o jogo é extremamente difícil e por muitas vezes injusto, na versão digital isso fica mais equilibrado, trazendo a dificuldade na medida certa para que você sozinho ou com seu amigo tenham que parar para discutir a formação ideal dos seus decks.


Aqui é importante saber montar o deck, desde a escolha dos heróis e suas facções e habilidades, até a seleção detalhadas das cartas que vão compor seu deck, escolhendo sabiamente os itens, eventos e aliados. Neste caso não irei detalhar neste post como ficou nossas escolhas, pois isso deve partir de cada jogador, mas posso comentar em um post futuro sobre isso detalhadamente. Outra coisa importante a comentar é que todas as cartas dos jogos podem ser facilmente liberadas apenas jogando. Lógico que as expansões devem ser adquiridas para se tornar acessível, mas não existe aqui o famoso fator sorte que acompanha esse tipo de jogo. Cada partida jogada vai acumulando fellowship points que podem ser trocados para liberar cartas e também para cosméticos desde avatar, molduras do seu personagem, até arte conceito variadas dos heróis. Eu por exemplo, finalizei o jogo base e sua primeira expansão, e ao longo desse tempo consegui liberar todas as cartas bloqueadas e ainda gastei pontos em itens cosméticos, sobrando pontos no final que vou guardar para futuras expansões.


Sobre as missões, algumas puxam a mesma sequencia do jogo físico, mas com mudanças pontuais e em alguns casos até radicais para se encaixar no novo conceito de jogo. Algumas cartas e heróis também sofreram alterações de especificações, mas no balanço final acredito que ficou até melhor do que o jogo original. A força de vontade de melhorar o jogo, a quantidade de posts informativos sobre o futuro do jogo e sobre tudo no que eles estão trabalhando, mostram que a equipe sabe o que está fazendo e sabem onde querem chegar. Se você assim como eu ama boardgames e acima de tudo é fã da franquia Senhor dos Anéis, não deixe de comprar, aproveitem que vem ai a promo sale de inverno do steam e entrem nesse mundo. Aposto que vocês vão curtir muito o game.






quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O Senhor dos Anéis - Jornadas na Terra Média - Review - Análise


Em 2014 quando entrei forte no hobby dos boardgames não imaginava que nos anos seguintes o Brasil passaria a lançar quase que simultaneamente com os EUA vários jogos de sucesso. Este ano por exemplo a Galápagos Jogos trouxe para o Brasil o Senhor dos Aneis - Jornadas na Terra Media. Confesso que não fiquei animado no inicio, porque tive uma grande decepção com a própria galápagos quando eles sem nenhum motivo lógico, cancelaram o LCG do senhor dos anéis, que é sem dúvida, um dos top 5 boardgames em minha opinião. Porem o Jornadas na Terra Media foi tão bem avaliado fora do Brasil que não teve como segurar minha carteira. Lá estava eu mais uma vez comprando outra caixa enorme de boardgame.



Na semana seguinte chamei meu grande amigo Andre para testar o game. O fato do jogo contar com uma aplicação que de certa forma te guia no jogo, fazendo o papel de "mestre" me animou, afinal, jogos como o descent por exemplo seriam muito melhores se não precisasse de um player controlando os monstros (quem tem a segunda edição pode facilmente driblar isso com um aplicativo também). Não tive muito tempo para ler o manual. Meio que fizemos isso enquanto montávamos o setup na mesa e veio logo o grande ponto positivo. O jogo tem regras muito simples e muito disso devido a própria aplicação. Ela te guia de certa forma que fica difícil fazer algo de errado ligado a regras. Explico melhor, a ordem de turnos, passos, acontecimentos, objetivos e ataques, tudo isso é ordenado pelo aplicativo que pode ser baixado no Steam, Iphone e Android. Você fica focado apenas em controlar seu deckbuilding (o jogo não conta com dados e sim com auxílio das cartas para resolver situações).



Os componentes são outro show a parte do jogo. São várias miniaturas, tokens, tabuleiros modulares e cartas que engrandecem e deixa bonito o danado na mesa. Por falar em cartas ela tem artes bem similares ao LCG e são pequenas ajudando quem tem pouco espaço para jogar. Após um setup demorado, iniciamos o jogo, como estávamos apenas em dois, decidimos que cada um escolheria dois personagens. Eu escolhi o Gimlin e Legolas e meu amigo escolheu o Aragorn e Elena (personagem criado para o jogo com especialidade de bardo). E foi muito bom isso porque rapidamente entendemos como os personagens são diferentes, eles possuem pontos positivos e negativos e ficou claro como eles podem se completar na aventura.


Um outro ponto interessante foi que conseguimos usar a bagagem do RPG tradicional para se antecipar a algumas armadilhas do jogo. Como ele é um jogo bem descrito, uma historia narrada, temos que ficar atentos a tudo. Por exemplo: Em determinado momento enquanto meu amigo controlava a Elena, chegamos a um objetivo de ter que descer uma ribanceira que segundo o aplicativo era muito escorregadia e perigosa, sabíamos que a Elena não tinha agilidade muito boa e decidimos deixar esse objetivo por cargo de Legolas, que passou por ele sem problemas. Nós não sabiamos que o aplicativo ia exigir agilidade, apenas usamos a dedução que se confirmou quando tentamos resolver o objetivo. Por isso é importante ficar atento na descrição de tudo até porque o jogo é bem difícil e estratégico. 



Por falar em dificuldade, nos fracassamos na primeira aventura, exatamente por ainda não conhecer direito as regras e pelo fato do jogo ser bem difícil mesmo. Terminamos tomando decisões precipitadas, separando o grupo e engajando em batalhas em momentos errados que terminou na queda de dois dos quatro heróis na reta final, complicando o sucesso da missão. A batalha do jogo é interessante mas de certa forma mecânica. Senti falta da rolagem de dados, mas no final entendi que seria ainda mais frustante deixar por conta da sorte o sucesso nas batalhas. Com o formato de deck building você consegue controlar melhor o jogo, ou pelo menos espero que isso aconteça nas próximas partidas.
Recomendo demais o game e sinto que a chegada de O Senhor dos Anéis - Jornadas na Terra Media terminou revivendo meu vicio por jogos de tabuleiro. É muito bom dividir uma mesa se divertindo com amigos e tomando um bom vinho.


domingo, 1 de setembro de 2019

Mass Effect - Nunca é tarde para jogar um clássico.



Nunca é tarde para jogar um clássico. Quando o Mass Effect foi lançado eu infelizmente não consegui jogar. A falta de tempo e os lançamentos subsequentes fizeram com que o jogo fosse esquecido e deixado de escanteio. Eis que em pleno 2019 instalei o game e comecei minha saga do início ao fim.


E que baita jogo o mass effect é ainda hoje. A trama envolvendo o comandante Shepard e sua tripulação são dignas de um filme de oscar no cinema. As escolhas dentro do jogo fazem a diferença, principalmente quando as decisões que você toma são difíceis e podem custar vidas.



Mas começaremos do início. Antes de jogar o game tive dificuldades com ajuste de resolução. Sim amigos, o jogo como é antigo não tem resoluções altas, mas pesquisando descobri que basta você pôr na resolução máxima do jogo e após isso, tocar com a seta direcional da direita do teclado para ir para resoluções mais avançadas que não são mostradas.


Outro problema básico que tive foi que o comando F12 do steam de tirar screenshots não funcionava. Sim... Eu costumo registrar nos meus gameplays momentos importantes dentro do jogo para guardar de recordação. Virou uma mania. A parte de screenshots do steam virou meu álbum gamer. Os jogos tocam as pessoas com as suas histórias, assim como o cinema. Nada melhor que guardar essas memorias para reviver as aventuras vividas no futuro. A solução do F12 foi rodar o steam em modo administrador.


Por último instalei uma tradução da gamevicio. Sei inglês o suficiente para entender todo o jogo, mas nada melhor que jogar algo em sua língua nativa, ainda mais quando a quantidade de textos a serem lidos são enormes.


Iniciado o jogo, mantive o Shepard padrão e embarquei como eu disse, em uma trama que vai tomando proporções épicas. Disseram que este não é o melhor Mass Effect. Isso me faz pensar o que esperar nos próximos...


Recomendo que todos que não jogaram, que comprem no steam e joguem. Ele está datado graficamente, mas ainda é um exemplo de como uma historia bem amarrada pode elevar o jogo em níveis absurdos. O preço geralmente aparece em promoção por menos de R$ 10,00. O combate é meio travado é verdade, mas você logo se acostuma. O forte mesmo é a interação. Então não deixe de conversar muito com os integrantes da nave e nas cidades e colônias que você venha a visitar.


Aqui vou tocar em 4 spoilers do jogo e que talvez você deva pular se assim como eu chegou a presente data sem experimentar esta obra prima.

SPOILERS

  1. A primeira foi a decisão de exterminar ou não uma raça alienígena extremamente letal, mas que naquele momento pedia clemencia pela sua continuidade. Eu como sempre fiz personagens de karma positivo. Resolvi pensar em como seria crucial eu decidir ou não sobre extinção de um ser que até aquele presente momento não representava uma ameaça nem para mim nem para meus companheiros.
  2. Escolha difícil entre salvar ou a Ashley ou o Kaidan. Kaidan é um baita personagem, mas por uma questão de eu ter deixado a tarefa mais escrota com a Ashley, seria uma baita sacanagem naquele momento deixá-la na mão. Fora que já estava rolando um clima do Shepard com ela nessa altura.
  3. A segunda decisão foi escolher entre a companhia amorosa da Liara ou Ashley. Terminei escolhendo a Ashley pela história de vida e por ter me acompanhado no gameplay por mais tempo que a Liara. Mas a Liara tinha uma personalidade doce e ordeira. Ashley sempre era fria e cheia de rancor até o momento da decisão do Shepard.
  4. Destruir ou não o conselho. Aqui fiquei paralisado por alguns minutos pensando. Mas pesou o fato do Sovereign ser a real ameaça e o conselho queira ou não se comportou todo o jogo como um bando de retardados que queriam a qualquer custo mostrar o tamanho do seu poder.



Estou agora me preparando para embarcar no Mass Effect 2. Lets go!




Faeria - Um excelente card game na steam!



Sabe aquela frase: “As aparências enganam”? Vi como ela faz todo o sentido após eu jogar o Faeria. Digo isso porque já tinha visto o jogo no steam várias vezes e sempre ignorei mesmo amando jogos de carta simplesmente pelo fato de que não conseguia engolir a arte conceitual do jogo. Para quem já jogou magic, sabe como as artes são belas e “adultas”. Não que a arte do Faeria seja feia, mas é colorida demais, é fofinha demais em alguns casos.



Mas quando joguei e me deparei com a mecânica de jogo e todas as suas possibilidades, percebi o potencial do jogo. Aqui você vai fazer partidas mais épicas do que no magic, falo com propriedade de fala, foram várias viradas de jogo e sinergia usadas com base nos combos das cartas que fizeram me sentir o estrategista.


O jogo tem o conceito de Magic na raiz. Mas é apresentado em forma de arena em um tabuleiro. Seria como uma fusão de Magic e Xadrez e isso funciona muito bem. Temos as cartas variadas e divididas por cores, onde cada uma tem fatores de jogo como força de ataque, controle, crescimento, etc...



Para concluir. É um jogo que possui também uma campanha cooperativa, para você se divertir com seu amigo desafiando a inteligência artificial. Senti falta de um 2x2 no PVP, talvez até tenha e eu não saiba, mas seria uma boa dica de implementação para os desenvolvedores se não existir.



Haaa não posso esquecer de dizer que o jogo é um LCG, sigla dada para jogos que vem com todas as cartas, onde seu único trabalho são desbloqueá-las jogando. Nada de ficar gastando dinheiro e abrindo boosters para tirar aquela carta rara na loteria. No Faeria todas estão lá e serão suas em algum momento.


Faria é um jogo de carta de responsa! Recomendo!



sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Legends of Aria - O Ultima Online indie!


Meu gênero preferido de jogos eletrônicos é com certeza o RPG. Basta olhar os posts do blog e perceber que a maioria dos jogos são rpg com foco na fantasia medieval. Pois eu estava hoje pensando em porque eu amo este gênero e como esse amor começou. Cheguei a conclusão de que foram dois fatores que me fisgaram. O primeiro foi o Dragon Quest da Grow. Concorrente do Hero Quest na década de 90, o Dragon Quest era uma tentativa de introdução ao RPG por meio de um jogo de tabuleiro. Eu possuía o Dragon Quest e joguei muito com os meus amigos na minha infância. O outro fator foi com certeza a série Ultima para PC. Foi através dessa série que tive minha primeira experiencia com os RPGs eletrônicos.


Ultima por sinal foi um dos jogos que mais joguei. Tanto a versão 7 como a 8 eu joguei por horas e horas no meu poderoso Pentium 100 e sinto uma nostalgia enorme quando lembro. Já em 2002 joguei pela primeira vez o Ultima Online. MMORPG dos mesmos criadores e no mesmo universo. Como o jogo precisava de mensalidade em dólar para jogar, tive que recorrer aos famosos servidores piratas que eram bem populares. Mas nunca consegui evoluir no jogo, pois esses servidores além de serem instáveis, não davam garantia nenhuma ao jogador. Imagine você ralar no game para evoluir seu personagem e do nada o servidor fechar ou ser resetado. Pois é, eu vi muito isso acontecer.


Faz um tempinho que enquanto eu navegava na internet, lembro ter me deparado com um jogo chamado shards online. Um MMORPG baseado no ultima que tinha como objetivo por parte dos desenvolvedores de preencher o coração dos amantes do ultima online, afinal o jogo havia ficado estacionado no tempo tanto em relação a gráficos, como também em jogabilidade. Mas, analisando vídeos e screenshots do shards online na época me pareceu um jogo fadado ao fracasso, mesmo ele estando em alpha. Tirei essa conclusão com base nos gráficos toscos, mapa vazio e bugs. Infinitos bugs...


Então este ano tive uma grande surpresa quando no dia 06 de agosto de 2019, meu aniversário, lançou no steam o legends of aria. Não era um jogo novo e sim aquele velho shards online todo repaginado, mas mantendo tudo aquilo que fez do ultima online um sucesso e retirando tudo aquilo do Ultima Online que não prestava. Os gráficos estavam totalmente diferentes do que eu lembro que vi no alpha. Agora ele é mais vivo, com mais detalhes. Logico que dentro da ótica de game indie, mas são gráficos bonitos como vocês podem ver nas screenshots. O audio não é algo fabuloso, mas também não é ruim. 


Não pensei duas vezes e chamei meu amigo do tempo do ultima online para explorar o jogo. Terminei ganhando o game de aniversario e acumulei 22 horas de gameplay em apenas uma semana com o game. Eu estou realmente apaixonado pelo jogo. A sensação de nostalgia é pura, como se tivesse revisitando o Ultima Online toda vez que faço o login, com o ponto positivo que o game está menos difícil no sentido de subir skills e manusear os materiais nas profissões. Por sinal, devido a falta de tempo e sabendo que jamais vou competir em pvps de igual para igual, resolvi criar um char mix de Archer/Tamer/Carpinteiro. Meu objetivo é se divertir explorando o game e suas dungeons detalhadas.


Para você que se interessou no jogo assim como eu, vou deixar algumas dicas abaixo:
  • Cada personagem tem no máximo 600 pontos de skill para distribuir entre todas as habilidades, forçando o jogador a definir no máximo 6 skills e ser grand master em todas as 6 ou fazer um mix de skills lembrando que jamais conseguirá atingir o GM em todas.
  • Realizar ações no jogo custam com o tempo vitalidade. Essa vitalidade pode ser reabastecida ouvindo bardos na taverna, basta encontrar um, clicar com o botão direito e clicar em listen the music. Deixar de subir a vitalidade prejudica o personagem a ganhar skills e em batalhas.
  • Você pode ter sua própria casa no jogo. Para isso vai precisar de uma escritura do terreno que é comprado no lumberjack da cidade. Precisa também comprar o projeto de arquitetura da casa e precisa construí-la usando materiais como madeira e ferro. Vale lembrar que precisa pagar o “iptu” semanal para manter a casa. Caso não faça você perde tudo.
  • A melhor maneira de fazer dinheiro no jogo no início são as craft orders. Você pode pegar uma com qualquer npc de profissão e as craft order consistem em um pedido a ser realizado. Por exemplo, você pode escolher uma craft order de 20 baus, você vai receber um pergaminho da order na mochila e deve fazer 20 baus para completa-la. Assim que fizer você clica com o botão direito no pergaminho e sai clicando para adicionar os baús. Completando os 20, retorna ao npc e recebe um valor em dinheiro, uma nova receita e uma runa que pode ser usada em escudos, arcos, etc...
  • Assim como no ultima online, quando você morre no jogo, tudo que você estava usando fica no corpo e você vira uma alma penada que deve procurar uma das variadas shrines presentes no mapa para voltar a vida. Torça para que ninguém encontre seu corpo antes, pois você pode perder tudo.

E os pontos negativos? Sim, eles existem, até porque o jogo está em acesso antecipado. Encontrei alguns bugs, como um animal invisível (parece que eles consertaram no ultimo update), meu cavalo saiu voando em uma outra ocasião e fiquei preso em locais do mapa, só conseguindo sair usando o teletransporte. Como eu disse, perfeitamente normal se tratando de um game em acesso antecipado e posso garantir que o jogo tem muito menos bugs que a versão antiga do shards online. Inclusive os desenvolvedores prometeram que entre 6 a 12 meses devem corrigir todos os bugs existentes com ajuda dos player e lançar a versão definitiva. Mas o que mais me preocupa não são os bugs e sim o end game. Vi muita gente reclamando que quando você atinge o grand master em todas suas skills e explora todas as dungeons do jogo, não se tem mais nada para fazer, sem sentido de continuar jogando. Acredito que deve ser o foco da equipe de desenvolvimento, criar elementos que possam fazer o end game do jogo algo divertido, como por exemplo criar mais interações pvp e missões esporádicas para os personagens high level.



O mundo de Legends of Aria está apenas começando para mim. E até o momento eu sou só elogios ao game.

Abaixo segue meu primeiro gameplay e mais algumas screenshots!


  


sábado, 10 de agosto de 2019

Legendary DXP - Vale a pena?


Em 2014 eu redescobri os jogos de tabuleiro modernos. Antes disso eu apenas conhecia os clássicos dos anos 90 como por exemplo o war da grow e adventures rpg como o hero quest da estrela. Todos esses jogos foram jogados muitas vezes por minha turma em tardes regadas a muita pizza e coca cola. Tempo bom que não volta mais.


Essa febre que tomou o país em 2014, fez com que eu voltasse a viciar nos jogos de tabuleiro, graças principalmente a Galápagos Jogos que passou a lançar vários jogos no Brasil. Nomes como Zombicide, The Lord of the Rings Card Game, The Resistance, Guerra dos Tronos foram alguns dos sucessos que fizeram esse hobbie que andava meio esquecido aquecer o mercado do país.


Comprei alguns destes jogos e consegui fazer com que o nosso grupo de amigos voltasse a se reunir para jogar nos finais de semana, mas, ainda sim era complicado a presença de todos. Distancia, esposa, filhos, trabalho e principalmente tempo, faziam a tarefa de se reunir, que era mais fácil na infância, se tornarem difíceis nos tempos atuais... Mas ai nos últimos 2 anos começou a ocorrer um outro fato curioso. Estes mesmos jogos físicos que passaram bom tempo esquecidos e que de repente voltaram para a mesa, agora começaram a fazer o percurso contrario, da mesa para o computador e video games. Os jogos de tabuleiro passaram a ter as suas próprias versões digitais, que de certa forma facilita reunir todos e o melhor de tudo, controla as regras para que o jogador não possa fazer nada de errado, tenha ele intenção ou não.


Teve um jogo em particular que sempre desejei que tivesse um lançamento no Brasil, mas nenhuma dessas editoras conseguiram trazer. O nome é Legendary Marvel, um jogo de deck building (nome comumente dado a jogos onde o objetivo é fortalecer seu deck de cartas para superar desafios propostos pela IA ou outros players). De todos esses jogos de cartas modernos, ele é na minha opinião, um dos melhores deck building do mercado, rivalizando junto com jogos que também sou muito fã como Pathfinder Adventure e The Lord of The Rings Card Game. Foi então que em 2017 a Skyreacher desenvolvedora resolveu criar a versão do legendary para computador, mas tinha uma diferença básica para a versão física. Por causa de problemas de direito de uso da marca, não conseguiram contrato com a marvel e decidiram criar seu próprio tema. Sairam então os heróis que amamos da marvel e entraram uma especie de anime medieval fantástico, mas sem nenhum carisma.


Eu comprei a versão no steam e comecei a jogar. Mas a vontade absurda que eu tinha de jogar Legendary Marvel versão física, eu não tinha de jogar o Legendary DXP no computador. Eram as mesmas regras e mecânicas, apenas com um tema diferente e ainda sim eu fazia vista grossa, até que deixei definitivamente o jogo de lado. Pois é amigos, tema faz toda a diferença. 


Ocorreu que a falta da propriedade intelectual da marvel fez o jogo ficar escondido na vasta biblioteca do steam, até que esse ano, os desenvolvedores decidiram tornar ele gratuito para jogar, vendendo apenas as expansões que adicionam novas cartas e schemas. Essas expansões podem ser compradas com dinheiro real ou juntando uma moeda do jogo, mas a quantidade necessária para comprar com esta moeda é tão grande que você precisaria de muitas horas jogando e olhe lá...


Então aconteceu algo interessante. O fato do jogo se tornar gratuito fez com que eu convidasse meus amigos para jogar partidas cooperativa sem que eles precisassem colocar a mão no bolso. E foi após essas partidas que tivemos que dar o braço a torcer. As regras e dinâmica do legendary realmente são tão boas que nos deixaram viciados pelo game, mesmo com um tema fraco e insosso.


Agora estamos todos nós quebrando a cabeça para decidir se vale a pena gastar alguns dolares para comprar as expansões, já que elas não são vendidas diretamente na steam. E acredito que vamos terminar fazendo isso. Agora imagine ai se tivéssemos os heróis da marvel em destaque nas cartas? Seria um sucesso absoluto. Mas não custa nada sonhar . Ainda...