terça-feira, 25 de dezembro de 2018

DICA DO BLOG - THE QUEST VERSÃO PC (STEAM)


Uma das primeiras postagens do blog quando eu o criei em 2011 foi uma análise da versão para celular do jogo The Quest. O nome exato era The Quest Gold, o gold devido a ser um pacote com o jogo base e as expansões islands of the ice and fire, hero of lukomorye I e II por um preço bem mais camarada do que comprar todos separadamente.
The Quest foi um dos jogos que mais joguei para celular. Finalizei ele umas três vezes, mesmo sendo uma pessoa que não curte repetir gameplay após zerar jogos.
Pois então lá estava eu mais uma vez navegando pela loja da steam quando encontrei o The Quest em uma versão com gráficos atualizados em HD. Diga-se de passagem o HD que eles vendem são apenas tiles mais bonitinhos e sem os borrões bem peculiar do game nas versões anteriores, o que para mim já foi o suficiente para comprar! É o mesmo jogo de sempre, porem agora com gráficos atualizados, preparado para o padrão atual de resolução de tela e inclusive com a expansão island of the ice and fire incluso.

Gráfico da versão antiga para celular.
Gráfico do jogo atual do steam

Estou jogando novamente o The Quest no PC e como esse jogo é bom para caramba viu! Viciei nele de novo, já são mais de 15 horas de jogo e muitas quests já conhecidas pela frente a cumprir. É a oportunidade que tenho de fazer as coisas diferente e ver como a trama vai se desenrolar no game.
Com a promoção de fim de ano da steam ele ta saindo por R$ 9.99. Com certeza um preço justo para um jogo tão gostoso de ser jogado.
Para você que não chegou a ler a análise da época, segue o link abaixo. Ela vale para o jogo atual! 


Recomendo muito!









domingo, 23 de dezembro de 2018

Hunt Showdown - Será que tem futuro????



Em tempos de battle royale, qualquer game que fuja dessa mecânica já me deixa animado. Hunt Showdown foi um desses jogos. Primeiro que ele tem um tema voltado para terror com possibilidade de jogar em cooperativo e com pvp também. De forma resumida, você pode jogar sozinho ou com mais um amigo e deve cumprir contratos de caça de monstros. A grande sacada do jogo é que você não vai está com seu amigo sozinho nessa caçada, além de monstros espalhados pelo mapa, terão também outros jogadores competindo para cumprir os mesmos contratos que você. Quem cumprir primeiro e sair do mapa vence a partida.
Você ficou animado? Eu também fiquei quando vi a descrição do jogo e assisti alguns minutos de um gameplay no youtube. Coloquei o game na lista de desejos e esperei ele entrar em promoção. Enfim comprei nessa promoção de fim de ano do steam e pude jogar 2 horas ontem com meu amigo e já tenho uma opinião formada sobre o jogo.
Primeiro de tudo, ele está em acesso antecipado. Pode parecer sacanagem minha revisar um jogo que nem foi lançado, logo, quero deixar claro que essa análise é referente a versão atual do jogo da presente data 23/12/2018.


Tive uma grata surpresa já no menu principal quando começa a tocar uma música legal, então escolhi meu caçador e já fui informado que a morte seria permanente no jogo. Evoluiu seu caçador para o level máximo mas vacilou com um monstro qualquer no jogo? Você o perde para sempre e isso deixa o jogo tenso para caramba.
O primeiro impacto de verdade foi quando começou a partida. Os gráficos de Hunt showdown são belíssimos e o som é tão imersivo que merece ser jogado com um bom fone de ouvido. Mas nem tudo são pontos positivos. Achei a IA dos monstros muito fraca, e o medo inicial que tinha deles, depois vira um passeio no parque. Os chefões por exemplo são horripilantes mas bem scriptados, pegou a manha de movimentação deles e fica fácil. O desafio fica mesmo quando se enfrenta outros jogadores, mas isso por si só não sustenta o game que conta apenas com 1 mapa e apenas 1 contrato. Na terceira partida meu amigo e eu já estávamos entediados e pensando em jogar outra coisa.


Basicamente é um jogo com ótima perspectiva de futuro, mas que me deixa um pouco receoso, afinal, vai completar 1 ano de lançamento em fevereiro e tudo que vi que lançaram até então foram patchs de optimização e uma nova modalidade de jogo. O principal que são os mapas e contratos nós não tivemos novidades.
Se você quer dar um voto de confiança para os desenvolvedores fica aqui a minha indicação. Mas o certo mesmo é esperar o lançamento definitivo ou aproveitar uma promoção bacana como essa que aproveitei.




domingo, 16 de dezembro de 2018

For the King - Análise - Review



É na simplicidade dos indies que tenho encontrado os melhores jogos ultimamente. For the King é uma dessas perolas perdidas no catalogo do steam que só tive o prazer de conhecer porque o jogo entrou em promoção e apareceu na tela principal da loja. Se não fosse por isso teria passado despercebido por mim. A promoção foi tão boa quanto a descrição do jogo na loja. Um RPG em turnos com uma pegada de jogo de tabuleiro e que pode, ou melhor, deve-se ser jogado em cooperativo com até mais dois amigos.


Apesar do jogo contar com várias missões, a principal delas é a do título do game, For the King consiste em vingar a morte do rei contra uma horda de monstros e caos que tomam o reino. Logo na abertura aparece uma mensagem avisando que o fracasso será eminente nos primeiros gameplay. Isso nos faz pensar que o jogo é difícil como um dark souls, mas não é bem assim, o que se tenta informar na verdade, é que jogando você vai receber "pontos" que vão te ajudar a comprar benefícios para  futuras partidas, essas compras são realizadas em uma lojinha dentro do jogo. O que vai tornando a caminhada, partida após partida, cada vez mais fácil. Então se prepare para jogar várias vezes a mesma missão e não encare isso como um ponto negativo. O fator replay do jogo é fantástico e um dos pontos fortes.


Por falar em ponto forte, outra sacada legal do game está exatamente em desbloquear e fazer a evolução do personagem se tornar mais robusta após cada partida. Esses benefícios podem ser o desbloqueio de novas classes, itens, mercadores e pontos de apoio no mapa. Por sinal o mapa é gerado aleatoriamente a cada partida como é comum em jogos roguelike. A batalha é por turnos no estilo final fantasy e a movimentação no mapa é feitas por pontos de movimento como acontece nos boardgames de RPG modernos. 


A primeira partida joguei de scholar (quase que um mago) e meu amigo com um ferreiro (funciona como um tanque), como eu disse, no inicio a possibilidade de classes são poucas mas isso é resolvido com o desbloqueio de mais delas no futuro. Na primeira partida morremos rapidamente por não saber as mecânicas que são explicadas por alto no decorrer do jogo, mas só entendemos o impacto delas quando realmente acontecem. Por exemplo: Existe uma timeline no topo da tela que mostra o passar do tempo, noites e dias, nessa timeline de tempo em tempo vem o ícone do caos, o caos é uma das coisas que você deve evitar inicialmente de qualquer forma no jogo, cada ponto de caos ativo torna os monstros mais fortes no mapa e se você permitir que chegue a 3 caos o jogo te pune de forma pesada e quase impossível de se escapar. Para evitar o caos por exemplo, você deve buscar destruir pilares no mapa e matar alguns chefões. Não sabíamos desse detalhe e fomos dizimados rapidamente. 


Fora isso tem também os flagelos que são chefões que surgem no mapa e que se o grupo de jogadores não derrota-los em determinados turnos causam alguma maldição permanente. Fica evidente que para se dar bem no jogo, os jogadores devem saber o momento perfeito para evoluir, explorar e se movimentar no mapa.
Foi então que iniciamos uma segunda partida, dessa vez fui de bardo (usa um violão para atacar emitindo notas musicais) e meu amigo foi de lenhador (classe que está inicialmente desbloqueada mas que ele liberou usando os livros encontrados na primeira partida). Dessa vez fomos bem mais longe e só perdemos a partida porque decidimos erroneamente realizar uma missão que estava acima do nosso level. Foi uma verdadeira surra. Lá estávamos nós mais um vez criando uma nova partida. Neste terceiro gameplay eu acabei desbloqueando a classe herbalista, e jogando com essa nova classe percebi o quanto é importante para o grupo. Ela tem a capacidade de cura em grupo e encontra aleatoriamente ervas que ajudam a curar bastando se movimentar no mapa!


Meu amigo continuou de lenhador porque precisava de uma classe que fosse tanque e que também atacasse com força. Até o presente momento estamos avançando bem no jogo e superando vários desafios antes quase impossíveis. For the King realmente entrega ao jogador o sentido de superação e diversão. Com certeza será um jogo presente em várias jogatinas nos próximos meses!


Para finalizar vou deixar aqui algumas dicas simples para você que está começando:
  1. Cada arma usa um atributo base, logo escolha aquela que você tem mais atributo base ligado, por exemplo, se o forte do seu personagem for inteligencia, procure armas com o simbolo de inteligencia que é um cérebro. Você pode consultar esses atributos na parte inferior da ficha de personagem na tela do mapa do jogo.
  2. Evite o caos da timeline superior a qualquer custo. Para isso destrua os pilares de caos que aparecem durante a exploração do mapa e destrua chefes que estão ligados ao caos.
  3. Tenha estoque de ervas diversas antes de entrar em masmorras e enfrentar chefes poderosos. Elas dão status temporários que podem salvar o jogador, como mais força, esquiva, etc...
  4. Mantenha o grupo de jogadores próximos para que quando entrem em combate todos possam participar. Se vocês estiverem um longe do outro irão batalhar com os monstros sozinhos.
  5. For the King ensina com os erros. Se na partida anterior você foi derrotado por alguma maldição especifica em um chefe de fase, na partida seguinte tente usar um equipamento ou erva que te proteja dessas maldições.
  6. Assim que for subindo de level, visite as cidades para comprar novos equipamentos e armas melhores. Evite também explorar masmorras com level maior que o seu.
  7. O melhor trio de combinação de classes na minha opinião foi um lenhador, um herbalista e um bardo.



sábado, 15 de dezembro de 2018

Legend of Grimrock - Análise - Review


Acredito que muitos que acompanham o blog não entendam o porque de eu sempre aparecer aqui com jogos que não são lançamentos. Recentemente eu comprei Monster Hunter World e Assassins Creed Odyssey e qual jogo escolhi jogar nas últimas duas semanas? Isso mesmo. Legend of Grimrock foi a escolha e eu posso explicar. Primeiro ele era garantia de uma jogatina mais leve e segundo porque eu estava precisando voltar a jogar algo mais nostálgico que me fizesse voltar ao período em que perdia tardes e noites em jogos como Eye of the Beholder e Lands of Lore.


Comprei Legend of Grimrock em 2012 na pré-venda direto no website dos próprios desenvolvedores, por sinal, acompanhei todo o processo de produção do game, visitando semanalmente o blog dos 4 finlandeses que mostravam o dia a dia desde a compra e chegada dos computadores, processos de desenvolvimento, até as fotos da gélida região em que eles tinham o escritório. Quando lançou, corri para me aventurar nos calabouços de grimrock, mas com 7 horas de jogo e no quinto andar da masmorra, terminei parando após empacar em um dos puzzles. Terminou que parti para outro jogo que não me lembro aqui de cabeça e Legend of Grimrock virou aquele jogo "foda que quero revisitar mas estou sem tempo e com uma fila enorme de jogos na frente".
Semana passada, procurando na minha lista de jogos da steam por um jogo leve, bati o olho nele e decidi iniciar novamente a jogatina. Deixei a party padrão do jogo e comecei tudo de novo, olhando para cada parede, prestando atenção nos mínimos detalhes.


Para quem não conhece, Legend of Grimrock é praticamente uma homenagem atual dos jogos de RPG que faziam sucesso na década de 80/90. Exploração baseada em tiles, com turnos e puzzles para fazer você esquentar bastante a cabeça. Some a isso um gráfico super caprichado/bonito e você tem em mãos um jogo fantástico.
A historia de fundo conta que existe uma montanha chamada grimrock, dentro dela foi criado uma masmorra que virou com o tempo uma especie de prisão e punição para todo tipo de pessoa que tenha cometido crimes. Seu grupo de 4 personagens são levados até o topo da montanha e lá são jogados nessa masmorra, porem não é informado qual crime vocês cometeram, o importante é saber que para tentar escapar vocês terão que chegar na sua base. Pelo caminho fica evidente que ninguém que foi jogado lá conseguiu escapar.


As primeiras fases são simples, por sinal tem uma conquista que consiste em concluir o primeiro nível em menos de 4 minutos. Porem, assim que você vai descendo nas profundezas da masmorra as coisas vão ficando cada vez mais complicadas. É bom deixar claro aqui que o jogo é difícil ao extremo. Seus personagens ficam com fome, os monstros vão ficando apelativos, as armadilhas são muitas e algumas mortais, mas o problema mesmo são os puzzles que em alguns momentos fornecem poucas dicas e fica evidente a necessidade extrema do uso da percepção do jogador.
De negativo no game, eu senti a falta de uma trama mais elaborada. Não existe dialogo entre os personagens e a única forma de interação se dá por bilhetes deixados na masmorra por um personagem chamado Toorum, que tem um papel importante no game ajudando o jogador.


O outro ponto negativo e na minha opinião o pior deles é a parte final, onde o game foge até então do seu ritmo contido para um turbilhão de acontecimentos sem explicação para que torne a ultima batalha algo épico, mas que causou sentimento contrario. Legend of Grimrock terminou me parecendo uma jornada fantástica com um final desconexo e cansativo. Porem a vontade de jogar permaneceu forte mesmo após o end game, se mostrando um game cheio de acertos e cuidados por parte dos seus desenvolvedores. 
O jogo teve uma continuação que foi lançada 2 anos depois do primeiro. Comprei o jogo e está na fila para ser jogado. O que eu sei é que agora o game conta com ambientes abertos e melhoras diversas, como variedade de monstros, equipamentos e jogabilidade.
Uma informação interessante. Apesar da desenvolvedora ter fechado após as baixas vendas do Legend of Grimrock 2 (que teve avaliações muito positivas diga-se de passagem) uma parte da equipe que trabalhou no Legend of Grimrock está trabalhando em um novo jogo, focado também em RPG mas todo orientado em turnos! Chama-se Druidstone: The Secret of the Menhir Forest e já está no catalogo da steam. Pena que ainda não tem preço nem data de lançamento. Mas já está na minha lista de desejos!


SPOILERS

Aqui fica uma leve revisão do final do jogo em minha humilde opinião. 
Achei válido o ultimo chefão ser o cubo metálico, já que jogadores de Dungeons & Dragons podem associar imediatamente ao cubo gelatinoso que sempre foi um monstro bem clássico e temido por jogadores de RPG. No Legend of Grimrock esse cubo é ativado quando consertamos as engrenagens que ficam na base da masmorra, após isso o cubo ganha vida e passa a perseguir o jogador tentando esmaga-lo. O problema e o que me deixou com raiva é a inserção de monstros(muito deles) nessa área junto com o cubo, isso faz o end game se tornar uma triste tarefa de corre-corre, desviando de monstros e se preocupando com vários fatores. Neste momento você fica facilmente preso, já que os monstros fecham os caminhos e por muitas vezes causam bastante dano. Junte isso ao fato que você ainda precisa descobrir que para começar a causar danos no cubo temos que arrancar as suas peças (suei para descobrir isso).


Como disse, é uma tentativa de final poético, mas com uma decisão errada de mudar todo o ritmo do jogo para tornar o chefão memorável. Após derrotar o final boss descobrimos que a masmorra é destruída através de imagens lindas, mas o que aconteceu com os personagens fica em aberto. Será que eles morreram? Será que conseguiram escapar? Será que ainda serão punidos pelos seus crimes cometidos? São respostas que só devemos ter no 2 e que me deixa empolgado para a sequencia.