domingo, 4 de agosto de 2019

Distrust - O enigma do outro mundo dos jogos indies do steam...


Sempre que escrevo sobre algum jogo no blog é porque de alguma forma aquele jogo em questão me tocou ou me trouxe algo de bom a ser lembrado. Como meu tempo é apertado e isso fica visível pelo intervalo entre as postagens, fica evidente que com certeza eu jogo bons jogos que terminam não aparecendo aqui porque me falta tempo e nada mais.
Mas o que levaria eu parar meu tempo e escrever criticas negativas a um jogo e não recomenda-lo? É o que vou tentar explicar a respeito sobre Distrust, um jogo indie que comprei recentemente no steam e joguei coop este final de semana com meu amigo.
Bem... quando assinei a netflix pela primeira vez alguns anos atras lembro como se fosse hoje que o primeiro filme que assisti foi: "O enigma do outro mundo" ou "The Thing" como é conhecido no exterior. É um filme de suspense dos melhores e que infelizmente não vemos mais nos cinemas hoje em dia. Conta a historia de uma estação na Antártida que é invadida por uma entidade extra terrestre que é capaz de assumir os corpos das pessoas, o que leva a revira voltas no enredo e o sentimento de que talvez a pessoa que esta do seu lado não seja bem a quem você acha que é.



Distrust chegou ao steam com uma cara de indie baseado em "O enigma do outro mundo". Tudo bem que em nenhum lugar da loja eles informam que tenha se baseado no filme cult. Mas caramba. O jogo se passa exatamente na Antártida, em uma estação isolada e a paranoia junto com entidades estranhas estão presentes e são motores do jogo para se criar um clima de tensão nos jogadores que devem encontrar uma forma de sobreviverem.
Mas ai você pode perguntar: Isso não seria um ponto positivo, já que o jogo já nos remete a um clássico do cinema? Sim, e foi por isso que comprei o jogo. Mas logo quando você começa o primeiro gameplay você percebe a cilada ou seriam falhas que fazem do jogo uma experiencia péssima no final.


Vamos lá tentar passar minha experiencia.
Logo no inicio meu amigo e eu ficamos surpresos com os gráficos simples mas agradáveis do game. O clima do filme que falei acima fica explicito logo de entrada. O senso de sobrevivência é real, afinal nosso helicóptero caiu e estamos em uma região inóspita, fria e sem saber o que nos espera. Mas foi após alguns gameplays que percebemos que o jogo não passa de um "time bomb" bem sem graça.
Os mapas do jogo são gerado proceduralmente. Cada partida você deve explorar os locais em busca de comida, abrigo quente, camas para dormir e manivelas que desbloqueiam o acesso a novas áreas.
Por falar em camas, foi aqui que estourou o grande problema do game. É impossível sobreviver sem comida e cama. Mas em dois gameplays que jogamos simplesmente não foi gerado camas no mapa para que pudêssemos dormir. É triste saber que perdemos tempo explorando todo o mapa para cair a ficha e perceber que aquela partida em questão não tinha como sairmos vitoriosos simplesmente por um erro de programação da equipe de desenvolvimento.


Fora coisas sem sentido como uma cozinha bloqueada que depois de muito tentar entrar, percebemos que não tinha nenhuma comida. E após explorar todo mapa tudo que encontramos para comer foi uma semente de café e uma batata. Mais uma vez morremos sabendo que não havia como sobreviver naquela partida em questão.
Os jogos eletrônicos devem oferecer desafio, mas deve acima de tudo ser justo com o jogador e Distrust não deve ter aprendido essa lição.
Para terminar de vez a péssima experiencia com o game, descobrimos que as entidades que ameaçam o jogador são geradas enquanto você dorme. Logo, dormir no jogo é necessário mas extremamente perigoso. Mas quando elas realmente apareceram não nos causou medo ou senso de urgência e suspense. O jogo fracassou ao tentar "incomodar" o jogador. Na verdade nos incomodou quando percebemos que o maior suspense de distrust é saber se aquela partida que estamos jogando no momento, os códigos procedurais foram bonzinhos e colocou comida suficiente e pelo menos uma cama para que pudêssemos avançar. 


Será que é um enigma do outro mundo para os programadores resolverem esse bug?

Nenhum comentário:

Postar um comentário