sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Pathfinder Card Game - Análise - Review


Nossa vida é composta de fases, cada uma bem separada da outra, por exemplo, quando adolescente lembro de jogar RPG com os amigos de colégio e perdíamos a noção do tempo, só parávamos para comer e ir ao banheiro, o resto nos superávamos, inclusive o sono. Já hoje, percebo que o problema de nós tornarmos adultos é exatamente não ter mais tempo e gás para fazer este tipo de coisa. Se doar unica e exclusivamente ao lazer.
Para quem acompanha o blog sabe que eu curto jogar RPG até hoje, mas o tempo de jogo é menor e os encontros mais espaçados, mas isso não quer dizer que não podemos encontrar outros modos de lazer que nos inspirem como o RPG nos faz. E acredito que foi nesse proposito que o Pathfinder Card Game foi lançado. Ele é um jogo de cartas, com uma pegada bem RPG ao ponto de ter evolução de personagem, rolagem de dados, exploração, cooperação, etc...
Espera ai. Ele tem isso tudo e mesmo assim não é um RPG? Sim, ele não é um RPG por faltar exatamente o que faz do RPG algo tão diferenciado que é a interpretação e liberdade. Mas quer saber? Ele é tão bom de ser jogado, mas tão bom mesmo, que nós sacia por completo e se torna uma opção para aquele momento que você quer um jogo com uma pegada RPG mas não tem todo tempo do mundo para encarar um. Nessas horas, pode tirar o Pathfinder do armário e mandar ver com os amigos, pois é diversão garantida.



Pathfinder é um card game cooperativo, de 1 a 4 jogadores (isso mesmo, você pode jogar forever alone) para maiores de 14 anos e que dura e média 100 minutos cada missão. Foi lançado no Brasil pela Devir com o nome de Pathfinder - Um jogo de aventura e até então tem vendido muito por aqui superando inclusive alguns mercados mais desenvolvidos como a Espanha por exemplo.
O jogo consiste em evoluir seu personagem realizando missões, para isso devemos explorar localidades, matar monstros e por fim encontrar e derrotar o vilão, antes que ele escape para outro local. Cada jogador escolhe um personagem pronto, que segue a linha da fantasia medieval padrão, com guerreiros, magos, clérigos, paladinos, etc... este personagem tem um deck de cartas iniciais com armas, magias, equipamentos, armamentos, bençãos e é através do uso dessas cartas que ele explora as localizações e desafia os monstros no jogo. O problema é que este deck também representa a vida do personagem escolhido e se ele acabar você morre, perdendo o personagem para sempre, toda sua evolução adquirida é descartada e se quiser continuar jogando tem de obrigatoriamente começar do zero. Isso faz com que você jogue de forma atenta a todo momento e só encarando monstros e armadilhas que você realmente pode lidar.
O lado bom é que explorando as localizações (dungeons) você adquire novas cartas e estas podem ser inseridas no seu deck, aumentando seu poder e vida. A evolução de personagem no pathfinder card game realmente é sentida ao longo do jogo, você percebe claramente durantes várias missões que aquele monstro que você tremia de medo, pode agora se torna um mero obstaculo em seu caminho para a vitoria.



A caixa básica vem com a missão introdutoria e mais um set de expansão de aventura. Mas se você deseja completar a aventura por completo vai ter que adquirir todas as 6 expansões do jogo que serão lançadas ao longo de 2015 pela Devir. Outro detalhe. Se não achou legal nenhum dos heróis do set básico, você pode também aumentar a variedade de heróis comprando um set de expansão de heróis, com mais classes e raças. Isso deixa o jogo ainda mais variado, já que cada héroi tem habilidades proprias que juntos formam combos interessantes. É muito divertido testar essas habilidades em conjunto com outros amigos na mesa.
Apesar de ser uma forma dos criadores do jogo incentivarem o publico a gastar mais com o produto, eu penso que vale a pena cada real investido nas expansões pois elas inserem novos monstros, localidades, armas, armaduras, entre outras cartas que fazem o jogo tomar uma dimensão bem RPG mesmo na exploração. Onde você pode encontrar naquela dungeon, bem no final dela, uma espada ou magia que vai fazer toda diferença no jogo, dali para a frente.



O legal do Pathfinder é que ele não demora tanto na mesa. Jogar ele é bem rápido se comparado com outros jogos do gênero, isso porque o jogo conta com uma regra que é o tempo para solução da missão. Você embaralha 30 cartas de benção restantes da caixa base e a cada turno de um jogador, você vira uma carta dessa. Ou seja, são 30 turnos para concluir a missão, se o monte de tempo terminar a missão é declarada fracassada, porem os jogadores não morrem e não perdem sua evolução, podendo se quiser reiniciar a missão novamente e tentar traçar outra estrategia.


Pathfinder - Um jogo de aventura está saindo no Brasil por R$ 250,00. Caro se comparado com outros jogos como As Lendas de Andor que vem muito mais componentes por R$ 50,00 a menos. Mas se você me perguntar se a diversão vai compensar o valor investido, eu digo sem medo que sim. Já fiz algumas missões e é muito legal explorar junto com os amigos as dungeons, traçar novas estrategias, vencer os desafios e no final derrotar o vilão.

4 comentários:

  1. Muito bom. Só uma dúvida: é possível criar aventura?

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    1. Robson, Anderson:
      Hoje existe várias aventuras feitas por jogadores feito vocês e eu, inclusive tem até traduzida, procura no facebook um grupo com nome do jogo.
      Abraços e bom jogo!

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    2. Valeu Bruno. Obrigado pela dica. Vai ser um tapa buraco enquanto a Devir enrola com as traduções dos pacotes de aventuras.

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